PE. JOÃO BATISTA CONSOLARO (1901-1968)

67 anos

Nasceu em Montecchia di Crosara, Verona, no dia 30 de agosto de 1901. Entrou como aspirante em Sezano aos 19.09.1914. Iniciou o noviciado em Pistoia no ano de 1918 e fez a primeira profissão aos 29.10.1919.
Veio para o Brasil no dia 20 de maio de 1923, em Rio Claro - SP, enquanto estudava teologia; foi prefeito dos aspirantes. Emitiu a profissão perpétua em Rio Claro aos 11.08.1924. Foi ordenado sacerdote em Campinas aos 6 de fevereiro de 1927.
Trabalhou em Rio Claro, Campinas - SP, São Caetano do Sul - SP, Sales de Oliveira - SP, Parada Inglesa (São Paulo - SP), Rio de Janeiro - RJ (Bairro de Santa Cruz), Ituiutaba - MG, Cafelândia - SP e Marília - SP.
Além de prefeito dos aspirantes, foi vigário coadjutor, e superior.
Religioso fiel, piedoso, zeloso, trabalhador, tímido. Sua timidez o levava a trabalhar sempre ao lado de outrem, nunca assumindo um lugar de vanguarda.
Preparava com esmero as homilias dominicais. No início escrevia-as por inteiro; mais tarde passava a semana estudando-as.
A renovação pela qual passou a Igreja aumentou sua timidez. A doença o deixou apático. Tinha baixa estima de si mesmo e julgava-se incapaz de fazer algo útil.
Por motivo de saúde voltou para a Itália no dia 10 de outubro de 1961. Trabalhou em Battipaglia até 1966.
Com saúde bastante precária foi levado para São Leonardo, onde faleceu improvisamente no dia 22 de janeiro de 1968.

IR. CARLOS VALENTI (1885-1952)

67 anos

Irmão Carlos Valenti nasceu em Granarolo (município da região da Emília Romanha, província de Bolonha) aos 16 de março de 1885. Entrou em Verona a primeiro de maio de 1911. Começou o noviciado no mesmo ano aos 12 de agosto. Fez a primeira profissão aos 20.10.1912 e a perpétua aos 01.11.1915. Chegou ao Brasil aos 03 de novembro de 1920.
Ele trabalhou em várias casas na Itália como cozinheiro e ecônomo. Foi soldado durante a guerra de 1914.
Aqui no Brasil foi o mantenedor da Escola Apostólica, ainda incipiente. Com sua caminhonete rodava por todo lado angariando donativos para a construção do prédio e para a manutenção dos seminaristas.
Nas capelas dos bairros rezava com o povo e pregava. Era conhecido como "Padre Carlos". Ajudava também a cuidar dos aspirantes. Era exigente, simples, muito ativo e cheio de vivacidade.
Retornou para a Itália em 1930 e lá continuou trabalhar sempre com grande disposição, mesmo quando a saúde claudicava. Faleceu em Poggiomarino aos 21 de janeiro de 1952, com 67 anos. Teve imponente funeral custeado pela municipalidade.

PE. JOSÉ CESÁRIO DA COSTA (1928-1960)

31 anos

Nasceu em Barbacena - MG no dia 28 de agosto de 1928. Entrou como aspirante em Rio Claro - SP aos 25.02.1942. Iniciou o noviciado em 1945, fez a primeira profissão aos 09.12.1946 e a perpétua aos 09.12.1949. Foi ordenado sacerdote em Ribeirão Preto aos 10 de janeiro de 1954.
Lecionou em nosso ginásio de Ituiutaba - MG até o final de 1959. Em setembro começou a sentir-se mal de saúde. Com grande esforço, para que os alunos não perdessem a continuidade em suas disciplinas, continuou as aulas até o final do ano. Foi, daí, a Campinas - SP para exames. Começou o tratamento como se sofresse de nefrite; depois, diagnosticou-se algo nos pulmões e morreu sem saber de que doença estava acometido.
Nos primeiros dias de janeiro de 1960 ficou internado no hospital, onde impressionou a todos por seu bom humor, apesar das fortes dores que sentia. As dores aumentaram e na madrugada do dia 20 de janeiro de 1960 expirou repentinamente. Foi sepultado no jazigo dos estigmatinos em Campinas.
Tinha comportamento paradoxal. Extrovertido na intimidade, introvertido socialmente. Alegre, exuberante, dono de gargalhada que reboava a dezenas de metros, passava repentinamente a acessos de cólera que duravam pouco tempo. Gaguejava nas conversações, mas pregava correntemente.
Muito inteligente, estudioso, prestativo, era agradável na vida comunitária. Assumia com grande responsabilidades seus compromissos.

PE. GRACIANO MARCOLINI (1937-1999)

61 anos

Nasceu em Verona no dia primeiro de março de 1937. Perdeu o pai, a mãe e dois irmãos durante a segunda guerra mundial, em um bombardeio na cidade de Verona. Em 1946 foi internado em um orfanato. Aos 4 de novembro entrou como aspirante em Cadelara, fazendo o noviciado em 1954 e a primeira profissão aos 225.09.1955. Emitiu a profissão perpétua aos 25.9.1958. Em Verona, aos 21 de junho de 1964, "tornou-se padre para sempre", segundo suas palavras.
Exerceu o ministério em Milão e Battipaglia, na Itália.
Após o curso interprovincial de 1972 decidiu vir para o Brasil, onde chegou no dia 05.07.1973. Trabalhou em Casa Branca - SP, Ituiutaba - MG, Morrinhos - GO, Santo Antônio do Sudoeste - PR e Barretos - SP. Foi pároco e vigário paroquial.
Pe. Lino Correr escreveu sobre Pe. Graciano: "Pe. Graciano é uma figura inconfundível, no seu aspecto com total despreocupação em relação ao que acontece em seu derredor. Não se descompõe em nenhuma contingência. Esse é daqueles que encarnam a sério a lição do evangelho: se não vos tornardes como crianças... A caridade é a virtude que sobressai nele. Sua correspondência epistolar é sempre marcada de alusões alegres e joviais, relativas à vida vivida juntos; revela a alegria de estar em contacto com os amigos, nem que seja à distância. Tudo nele retrata uma alma extremamente comunicativa e satisfeita em proporcionar motivos de felicidades aos outros".
Escreveu um livro, "Maluquices do Padre", que comprova tudo o que foi testemunhado acima.
Em 1984 teve um sério problema de saúde. Um câncer benigno o deixou no estaleiro por um ano aproximadamente. Recuperou-se e retornou ao trabalho.
Em 1989 apareceu uma arritmia, que o atormentou por vários anos e o deixou bastante limitado no exercício do sacerdócio.
Nos último anos, tomado de achaques, passou completamente fora das atividades pastorais e da casa religiosa, tratando das doenças.
Finalmente descansou no dia 17 de janeiro de 1999. Repousa no cemitério de Barretos.

PE. ERMELINDO MARCHESINI (1935-1987)

51 anos

Nasceu em Cerna, Verona, aos 25.04.1935. Entrou em Verona e iniciou o noviciado em 1953. Emitiu a primeira profissão aos 25.09.1954 e a perpétua aos 25.09.1957. Foi ordenado sacerdote em Verona aos 24 de abril de 1962.
Chegou ao Brasil no dia 4 de outubro de 1962, onde trabalhou nas comunidades de São Paulo - S (Moóca), Palmeira - PR, Ituiutaba - MG, São Caetano do Sul - SP, Rio Claro - SP, Barra da Estiva - BA, Ribeirão Preto - SP. Foi pároco e vigário paroquial.
Sua disponibilidade e prontidão em atender as necessidades da Província sempre causaram admiração em todos. Era polido e educado, deixando saudades por onde passou.
De natureza serena e de poucas palavras, participava com alegria da vida comunitária. Tinha habilidade nas áreas de mecância e eletricidade. Estava sempre entretido com seu trabalho e ocupado com uma tarefa manual.
Não tinha boa saúde. De quando em vez sentia problemas, principalmente com a diabete que judiava dele. Durante uma visita que fez a Rio Claro, no dia 13 de jneiro de 1987 sofreu enfarto e faleceu improvisamente.
Seu corpo foi embalsamado e levado para a Italia, onde foi sepultado. Jaz na cidade de Cerna.

IR. ROBERTO GIOVANNI (1903-1994)

91 anos

Nasceu em Rio Claro - SP aos 16 de março de 1903. Entrou como aspirante em Rio Claro aos 21.06.1927. Fez a primeira profissão aos 16.09.1931 e a perpétua aos 16.03.1937.
Trabalhou em Rio Claro, Ituiutaba - MG, Campinas -SP, Castro - PR e Casa Branca - SP. Foi sacristão, secretário da cúria provincial, responsável pelas remessas e grande divulgador da revista "Ecos Estigmatinos", recepcionista do Santuário Nossa Senhora do Desterro, em Casa Branca.
Entrou no seminário já adulto, e nele terminou os estudos. Depois de madura reflexão decidiu tornar-se irmão. O fato surpreendeu a todos.
A amabilidade no trato, a simplicidade de expressão e a sensibilidade às dificuldades do próximo edificavam e causavam admiração de todos, simples e intelectuais, sacerdotes e leigos, confrades e gente do povo de Deus. Jamais pronunciou uma palavra inoportuna. De seus lábios saíam palavras de compaixão, expressões de incentivo e, com muita sabedoria, um palavra velada de desaprovação frente a um comportamento menos correto de outras pessoas.
Todos que o conheceram, testemunharam o conceito de santidade de que gozava, conceito este jamais desmentido quer por palavras quer por atitudes.
O célebre Pe. Donizetti de Tambaú - SP, cidade vizinha a Casa Branca, dizia aos casabranquenses que o procuravam: "Vocês vem aqui para receber a bênção e tem em sua cidade o Ir. Roberto que tem bênção mais eficaz do que a minha."
Manifestou grande amor pelos pobres e sempre os socorria com palavras, alimentos, curativos, apoio moral.
Era muito procurado no Santuário do Desterro para aconselhamento e bênçãos. Até mesmo o bispo diocesano, Dom Tomás Vaquero, dizia que muitas vezes ia à igreja para receber a bênção de Ir. Roberto.
De compleição franzina e frágil, magro pela austeridade de vida, manteve-se em plena atividade quase até os noventa anos.
Faleceu em Campinas aos 11 de janeiro de 1994, assistido pelos confrades.
O povo pediu o direito de sepultá-lo na cidade que lhe havia conferido o título de cidadão casabranquense. Seu corpo jaz na capela do Santuário do Desterro. Durante o funeral o povo não cansava de repetir: "Morreu nosso santo".
Atualmente (2009) está em andamento a causa de beatificação.

PE. JOSÉ DALVIT (1911-1959)

48 anos

Nasceu em Grumés, província de Trento, Itália, aos 25 de janeiro de 1911. Entrou como aspirante em Verona aos 01.10.1923. Iniciou o noviciado em 1928. Emitiu a primeira profissão aos 09.07.1929 e a perpétua aos 09.07.1932. Foi ordenado sacerdote em Udine aos 26.01.1936.
Veio para o Brasil aos 23.09.1936.
Formador dos estudantes de filosofia e teologia em Rio Claro - SP, agiu mais com o exemplo do que com palavras.
Exerceu o cargo de superior e ecônomo em Campinas - SP, São Caetano do Sul - SP, Casa Branca - SP (vigário), padre espiritual e professor em Ribeirão Preto - SP e Rio Claro.
Na paróquia de Santa Cruz, na cidade do Rio de Janeiro - RJ, onde era superior manifestaram-se os sintomas da leucemia que, mais tarde, o levou à morte.
Voltou para a Itália em 1953 para tratamento que pudesse ser mais eficaz. De nada valeram os progressos da ciência.
Em Trento sua doença agravou-se e foi necessária a internação na Clínica das Irmãs Camilianas, onde com toda a assistência religiosa teve morte invejável no dia 10 de janeiro de 1959.
Caridoso, gentil no trato, muito bom para a vida comunitária. Sempre estava bem humorado, mesmo no período da doença. Não possuía qualidades extraordinárias, mas manteve-se um religioso fiel e cumpridor de sua opção.

PE. ANGELO POZZANI (1910-2001)

90 anos

Ângelo Pozzani nasceu aos 29 de setembro de 1910, em Torri del Benaco-VR, Itália. Entrou no seminário estigmatino, em Verona, e fez sua primeira profissão religiosa aos 09 de julho de 1929, a perpétua aos 09.07.1932. Foi ordenado sacerdote, em Udine, aos 26 de janeiro de 1936.
Em setembro desse mesmo ano veio para o Brasil; sua primeira residência foi em Rio Claro - SP onde atuou como coadjutor da Paróquia de São João Batista. Em 1938 foi designado para a cidade de Formosa - GO onde permaneceu até 1941 quando aquela comunidade foi fechada. Nesse período atendia alguns municípios (Planaltina, Luziânia e Cristalina), que não possuíam padres.
Designado para Santa Cruz das Palmeiras - SP lá permaneceu, como pároco, até sua transferência, em 1943 para a paróquia de Santa Luzia (Parada Inglesa) na capital paulista. Em 1947 passou alguns meses em Morrinhos-GO e de lá transferiu-se para Uberlândia - MG onde ficou por seis meses como capelão do Colégio Nossa Senhora das Lágrimas, das Missionárias de Jesus Crucificado.
Designado para auxiliar Pe. José Tondin, na Paróquia de Nossa Senhora da Abadia, Uberaba, lá chegou pelo final de outubro. No dia 23 de janeiro de 1949 tomou posse como Vigário, por provisão de Dom Alexandre Gonçalves do Amaral. Levou a termo a construção do Santuário e realizou um apostolado profícuo e caridoso durante os 29 anos e dois meses em que esteve na direção da Paróquia. Deixou oficialmente a direção da mesma aos 02 de abril de 1978.
Nunca aceitou sua transferência de Uberaba e lá viveu por mais de 53 anos, exercendo, especialmente após os anos 60, um incansável apostolado no confessionário e atendimento aos pobres e enfermos.
Faleceu na festa da Epifania aos 07/01/2001.

PE. MÁRIO ZUCHETTO (1918-2008)

89 anos

Aos 10 de janeiro de 2008 faleceu Pe. Mário Zucheto, com quase 90 anos, mais de 70 de vida religiosa estigmatina e 65 de vida sacerdotal. Nasceu no dia 17 de janeiro de 1918, em Casa Branca - SP. Em sua cidade natal fez os quatro anos do primário. Posteriormente, entrando no seminário, concluiu o ginásio, o noviciado, e a filosofia, passando os anos de profissão religiosa na Escola Apostólica Santa Cruz (Colégio Santa Cruz), em Rio Claro-SP. Emitiu os votos perpétuos aos 22 de novembro de 1939. Cursou teologia em Ribeirão Preto-SP, onde foi ordenado sacerdote aos 4 de julho de 1943.
De 1943 a 1952 foi vigário paroquial em Casa Branca-SP; no mesmo período dirigiu a casa de formação para irmãos coadjutores. Voltou ao seminário em Rio Claro em 1953, então como superior do Colégio Santa Cruz. Em 1956 foi designado para Ribeirão Preto-SP para ser o superior local do Instituto Missionário Pe. Gaspar Bertoni. Em 1958 foi eleito superior provincial da Província Santa Cruz, cargo que exerceu até 1964. De 1964 a 1967 serviu a Congregação como superior local do Instituto Estigmatino de Campinas-SP, casa de formação para os estudantes professos de filosofia e teologia.
A partir de 1967 foi liberado para o ministério da pregação, o maior prazer de sua vida. Dedicou-se de modo particular a retiro para casais. Recebeu tantos convites de paróquias nossas e não estigmatinas que, nos finais de semana, sua agenda estava completamente tomada e completa com um ou dois anos de antecedência.
Em 1977 publicou o opúsculo “Espírito de doação total”, republicado em 1983, em que desenvolveu aspectos da espiritualidade de São Gaspar Bertoni.
Em 1984 se dispôs a ir para Joaíma-MG, então paróquia estigmatina no Vale do Jequitinhonha, diocese de Almenara. Além da atividade paroquial dedicou-se, como era sua especialidade, à pastoral familiar. De volta a Campinas-SP em 1986 passou a pregar nos encontros dos Cursilhos de Cristandade, sem deixar a pregação aos casais.
Preparava suas prédicas sempre por escrito. Dizia que sua memória não era suficiente para guardar o conteúdo dos discursos. Sabia integrar de tal maneira o material escrito com comentários ricos de experiência e sabedoria que suas palavras fluíam de modo delicioso e cheio de unção para quem o ouvisse.
Embora afirmasse ter memória “fraca”, seu hobby predileto foi o xadrez, jogo ao qual se aplicou com seriedade e maestria. Além da palavra falada, utilizou a palavra escrita como evangelização.
Escreveu um opúsculo intitulado “Em defesa da fé” que teve três edições. Nos últimos anos de vida trabalhou com afinco para por em livros inúmeras pregações de cunho bíblico. Publicou “O Evangelho completado de São Mateus” (2003), “O Evangelho completado de São Lucas” (2006) e “O Evangelho completado de São Marcos” (2007).
Pe. Mário foi incansável em suas atividades. Viajava e se movimentava continuamente para divulgar a Palavra de Deus. Sempre foi visto lendo um texto, fazendo uma pesquisa e lançando anotações em folhas de papel. Só deixou de trabalhar e estudar nos últimos meses de sua existência, por puro impedimento de saúde.
Faleceu no Hospital Santa Edwiges, de Campinas, quando se restabelecia de uma de suas inúmeras pneumonias.
Pe. Mário amou profundamente o sacerdócio ministerial que recebeu. Marca indelével de sua ação sacerdotal foi a disponibilidade para qualquer serviço que pudesse prestar a quem dele precisasse. Viveu profundamente a espiritualidade cristã, não somente pela preparação teológica de suas pregações, mas como fruto de convicção de fé da opção de vida que fizera. “Pronto para tudo” ou “fez-se tudo para todos” poderia ser seu lema de vida. Admirador e conhecedor de São Gaspar Bertoni, soube traduzi-lo com simplicidade, espírito de fé e propriedade nas iniciativas a que se propunha. Podemos afirmar com alegria que temos um intercessor junto a nosso Fundador.

PE. AUGUSTO STENICO (1936-2009)

72 anos

Augusto nasceu em Piracicaba-SP aos 30 de março de 1936. Entrou como aspirante em Rio Claro-SP no ano de 1948. Emitiu a profissão perpétua no dia 9 de dezembro de 1960. Foi ordenado presbítero em Piracicaba aos 25 de janeiro de 1964.
Exerceu o ministério sacerdotal em Curitiba - PR (1 ano), Ituiutaba - MG (1 ano), Campinas - SP (1 ano), Santa Cruz do Rio de Janeiro - RJ (5 anos), Santo Antonio do Sudoeste - PR (1 ano), São Caetano do Sul - SP (8 anos) e Praia Grande-SP (17 anos).
Sempre trabalhou como vigário paroquial. Conquistava o povo com sua maneira simples de conversar e de pregar nas celebrações religiosas.
Um confrade, companheiro de comunidade, o definiu como “um homem com o coração de criança”, uma pessoa marcada pela simplicidade no vestir, tão fiel aos amigos que se lhe pedissem a camisa do corpo ele a dava sem pestanejar.
Foi um sacerdote de generosidade extremada. Sua vida foi marcada pela ajuda aos pobres; aí ancorava sua maior alegria. Foi sempre atencioso com as pessoas, mesmo que tivesse que brigar com o coração e a razão. Sorria e chorava com a maior facilidade, homem das emoções.
Faleceu aos 4 de janeiro de 2009, aproximadamente às 17.30 horas. Desde há alguns anos ele lutava com uma doença que lhe tirava as forças físicas. Primeiramente fez tratamento em Campinas - SP, morando na Chácara do Vovô (2007) e, posteriormente, junto a seus familiares, em Santa Olímpia.

PE. JOÃO AVI (1913-1974)

60 anos

João Avi nasceu em Baselga di Pinè (Trento) no dia 11 de dezembro de 1913. Entrou como aspirante em nossa Escola Apostòlica de Verona no dia 25 de agosto de 1925, onde completou os estudos ginasial e colegial.
Passou o ano de Noviciado (1931-1932) em Gemona e fez a primeira profissão em Verona no dia 09-09-1932 e a perpétua em 09 de setembro de 1935. Naquele ano, atendendo o convite dos Superiores, ofereceu-se para vir ao Brasil, junto com outros estudantes professos, para preparar-se melhor, no local do futuro ministério.
Frequentou o curso de teologia em Rio Claro - SP e Ribeirão Preto - SP, onde foi ordenado sacerdote a 15 de agosto de 1939.
Passou os primeiros anos de sacerdócio entre Campinas - SP, Casa Branca - SP e Morrinhos - GO, até que, de 1944 a 1950, ficou em Ituiutaba - MG como diretor de escola e vigário. Depois de um breve parêntesis (1950-52) em São Caetano do Sul - SP, voltou a Ituiutaba como vigário, onde permaneceu até 1965. Foi o lugar onde permaneceu mais tempo (quase 20 anos) e onde pôde desenvolver seu zelo apostólico e por em prática suas qualidades, sendo estimado e querido por todos. Mesmo quando estava longe, recordava sempre de sua paróquia, de modo concreto, ajudando-a na construção do Hospital. De seu lado, os fiéis de Ituiutaba jamais esqueceram seu pastor, conservando a imagem de um sacerdote zeloso.
Tinha um caráter sereno, social, fundamentalmente otimista. Dedicava-se a todos com simplicidade e naturalidade, participando das alegrias e tristezas dos outros com muita espontaneidade. Aproximava-se dos doentes e dos abandonados, com espírito aberto, tratando-os com respeito e afabilidade.
Foi sempre fiel ao sacerdócio e aos deveres da vida religiosa que alimentava com a oração e a meditação perseverantes.
Tinha dificuldades de pronúncia, devido à deficiência dos órgãos da fala. Metódico em tudo, sabendo usar com grande proveito seus parcos dotes de inteligência, era um homem extremamente prático. Apesar de sua limitações, tinha um acentuado poder de liderança. Por ser aberto e comunicativo, conseguia fazer amizades sólidas, que muito Ihe valeram na realização de seus numerosos empreendimentos: conclusão da Matriz de São José, altaneira e soberana, o Colégio São José, o grandioso Hospital São José (em grande parte obra do seu labor).
Em 1965 foi transferido para Campinas, como vigário de São Benedito. Em 1969, ao visitar a familia, que havia muitos anos emigrara para os Estados Unidos, na Califórnia, encontrou a mãe muito doente e necessitada de assitência mais moral que física. Pediu e conseguiu permanecer junto dela até a morte que sobreveio alguns meses depois.
Foi à Itália, onde ainda tinha alguns parentes. Amadureceu a idéia de pedir sua transferência para a Província dos Santos Esposos, pois nos Estados Unidos estava sepultada a mãe e viviam quase todos seus entes queridos.
Conseguida a licença em 1970, colocou-se totalmente a disposicão dos novos superiores, com grande disponibilidade.
Inicialmente esteve em Los Angeles. Em 1972 substituiu um confrade no Canadá. Em agosto de 1972 foi mandado para Timmins, como coadjutor.
As últimas impressões deixadas nos confrades foram a de um religioso sempre pronto a ir a qualquer lugar, disposto sempre a começar tudo com muita disposição.
No dia 10.01.1974 teve um primeiro ataque cardíaco, e no dia seguinte, outro. Levado ao hospital, faleceu logo depois, confortado com os sacramentos da Igreja e com a presença dos confrades.

PE. LINO CORRER (1917-2004)

86 anos

Lino José Correr nasceu no Bairro Santa Olímpia, município de Piracicaba - SP, no dia 07 de novembro de 1917.
Ainda pequeno entrou no seminário estigmatino, fazendo seus estudos ginasiais no Colégio Santa Cruz, em Rio Claro - SP. Fez seu noviciado na mesma cidade de Rio Claro, depois o curso liceal, filosofia e dois anos de teologia em Ribeirão Preto - SP. Foi terminar seu curso de teologia na Parada Inglesa, na cidade de São Paulo - SP e recebeu a ordenação sacerdotal no dia 09 de julho de 1944.
No início de seu sacerdócio trabalhou na formação de nossos seminaristas, como professor e orientador dos estudantes em Rio Claro e Ribeirão Preto - SP. Em seguida foi destinado ao trabalho pastoral em nossas paróquias. Nesse empenho ele percorreu várias cidades e atendeu diversas paróquias, sempre se mostrando um sacerdote zeloso, exemplar, dedicado, generoso, pronto para atender aos chamados e apelos dos fiéis.
Homem de uma formação cristã e acadêmica concreta e sólida. Sempre primou pela ortodoxia e um acendrado amor à Igreja. Dono de profunda espiritualidade, coroada de sincera e sentida piedade, procurou ao longo de sua existência, exercer o ministério sacerdotal com unção, espírito de fé e devotado esmero. Um especial sinal de sua piedade foi a devoção carinhosa a Nossa Senhora. De fato por onde passou procurou difundir sua devoção e de modo particular trabalhou na direção e orientação da Legião de Maria, empenho ao qual se dedicava com ardor, desprendimento e zelo vibrante.
No atendimento às pessoas, esforçava-se para ouvi-las e procurava sempre dar uma orientação segura para seus problemas e dificuldades.
Como religioso primava pela fidelidade aos compromissos comunitários, exagerando quase na pontualidade. Era observante das regras e normas, celebrava as missas com devoto recolhimento e tinha grande devoção ao Santíssimo Sacramento. Foi sempre um bom companheiro, às vezes um pouco reservado, mas era considerado um firme esteio dentro da comunidade.
Possuía bons dotes e habilidades no campo da literatura e disso se serviu para elaboração de artigos em Revistas e Jornais.
Algo de anormal no esôfago o preocupou. Após meticulosos exames, foi constatado um câncer na região. Passou por cirurgias, que o aliviaram bastante e permitiram que levasse vida razoável. Passou acamado o segundo semestre de 2003. Na manhã de 31 de janeiro de 2004 veio a falecer.
Foi levado para de Ituiutaba - MG e após uma celebração eucarística foi sepultado no cemitério local.