IR. ROBERTO GIOVANNI (1903-1994)

91 anos

Nasceu em Rio Claro - SP aos 16 de março de 1903. Entrou como aspirante em Rio Claro aos 21.06.1927. Fez a primeira profissão aos 16.09.1931 e a perpétua aos 16.03.1937.
Trabalhou em Rio Claro, Ituiutaba - MG, Campinas -SP, Castro - PR e Casa Branca - SP. Foi sacristão, secretário da cúria provincial, responsável pelas remessas e grande divulgador da revista "Ecos Estigmatinos", recepcionista do Santuário Nossa Senhora do Desterro, em Casa Branca.
Entrou no seminário já adulto, e nele terminou os estudos. Depois de madura reflexão decidiu tornar-se irmão. O fato surpreendeu a todos.
A amabilidade no trato, a simplicidade de expressão e a sensibilidade às dificuldades do próximo edificavam e causavam admiração de todos, simples e intelectuais, sacerdotes e leigos, confrades e gente do povo de Deus. Jamais pronunciou uma palavra inoportuna. De seus lábios saíam palavras de compaixão, expressões de incentivo e, com muita sabedoria, um palavra velada de desaprovação frente a um comportamento menos correto de outras pessoas.
Todos que o conheceram, testemunharam o conceito de santidade de que gozava, conceito este jamais desmentido quer por palavras quer por atitudes.
O célebre Pe. Donizetti de Tambaú - SP, cidade vizinha a Casa Branca, dizia aos casabranquenses que o procuravam: "Vocês vem aqui para receber a bênção e tem em sua cidade o Ir. Roberto que tem bênção mais eficaz do que a minha."
Manifestou grande amor pelos pobres e sempre os socorria com palavras, alimentos, curativos, apoio moral.
Era muito procurado no Santuário do Desterro para aconselhamento e bênçãos. Até mesmo o bispo diocesano, Dom Tomás Vaquero, dizia que muitas vezes ia à igreja para receber a bênção de Ir. Roberto.
De compleição franzina e frágil, magro pela austeridade de vida, manteve-se em plena atividade quase até os noventa anos.
Faleceu em Campinas aos 11 de janeiro de 1994, assistido pelos confrades.
O povo pediu o direito de sepultá-lo na cidade que lhe havia conferido o título de cidadão casabranquense. Seu corpo jaz na capela do Santuário do Desterro. Durante o funeral o povo não cansava de repetir: "Morreu nosso santo".
Atualmente (2009) está em andamento a causa de beatificação.