PE. JOÃO AVI (1913-1974)

60 anos

João Avi nasceu em Baselga di Pinè (Trento) no dia 11 de dezembro de 1913. Entrou como aspirante em nossa Escola Apostòlica de Verona no dia 25 de agosto de 1925, onde completou os estudos ginasial e colegial.
Passou o ano de Noviciado (1931-1932) em Gemona e fez a primeira profissão em Verona no dia 09-09-1932 e a perpétua em 09 de setembro de 1935. Naquele ano, atendendo o convite dos Superiores, ofereceu-se para vir ao Brasil, junto com outros estudantes professos, para preparar-se melhor, no local do futuro ministério.
Frequentou o curso de teologia em Rio Claro - SP e Ribeirão Preto - SP, onde foi ordenado sacerdote a 15 de agosto de 1939.
Passou os primeiros anos de sacerdócio entre Campinas - SP, Casa Branca - SP e Morrinhos - GO, até que, de 1944 a 1950, ficou em Ituiutaba - MG como diretor de escola e vigário. Depois de um breve parêntesis (1950-52) em São Caetano do Sul - SP, voltou a Ituiutaba como vigário, onde permaneceu até 1965. Foi o lugar onde permaneceu mais tempo (quase 20 anos) e onde pôde desenvolver seu zelo apostólico e por em prática suas qualidades, sendo estimado e querido por todos. Mesmo quando estava longe, recordava sempre de sua paróquia, de modo concreto, ajudando-a na construção do Hospital. De seu lado, os fiéis de Ituiutaba jamais esqueceram seu pastor, conservando a imagem de um sacerdote zeloso.
Tinha um caráter sereno, social, fundamentalmente otimista. Dedicava-se a todos com simplicidade e naturalidade, participando das alegrias e tristezas dos outros com muita espontaneidade. Aproximava-se dos doentes e dos abandonados, com espírito aberto, tratando-os com respeito e afabilidade.
Foi sempre fiel ao sacerdócio e aos deveres da vida religiosa que alimentava com a oração e a meditação perseverantes.
Tinha dificuldades de pronúncia, devido à deficiência dos órgãos da fala. Metódico em tudo, sabendo usar com grande proveito seus parcos dotes de inteligência, era um homem extremamente prático. Apesar de sua limitações, tinha um acentuado poder de liderança. Por ser aberto e comunicativo, conseguia fazer amizades sólidas, que muito Ihe valeram na realização de seus numerosos empreendimentos: conclusão da Matriz de São José, altaneira e soberana, o Colégio São José, o grandioso Hospital São José (em grande parte obra do seu labor).
Em 1965 foi transferido para Campinas, como vigário de São Benedito. Em 1969, ao visitar a familia, que havia muitos anos emigrara para os Estados Unidos, na Califórnia, encontrou a mãe muito doente e necessitada de assitência mais moral que física. Pediu e conseguiu permanecer junto dela até a morte que sobreveio alguns meses depois.
Foi à Itália, onde ainda tinha alguns parentes. Amadureceu a idéia de pedir sua transferência para a Província dos Santos Esposos, pois nos Estados Unidos estava sepultada a mãe e viviam quase todos seus entes queridos.
Conseguida a licença em 1970, colocou-se totalmente a disposicão dos novos superiores, com grande disponibilidade.
Inicialmente esteve em Los Angeles. Em 1972 substituiu um confrade no Canadá. Em agosto de 1972 foi mandado para Timmins, como coadjutor.
As últimas impressões deixadas nos confrades foram a de um religioso sempre pronto a ir a qualquer lugar, disposto sempre a começar tudo com muita disposição.
No dia 10.01.1974 teve um primeiro ataque cardíaco, e no dia seguinte, outro. Levado ao hospital, faleceu logo depois, confortado com os sacramentos da Igreja e com a presença dos confrades.